Páginas

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Peace and Love - capitulo 5

-GARRETT?


-Me ajuda - ouvi ele dizendo, eu ainda não acreditava naquele momento


-Você é um fantasma? - Cody perguntou, no momento foi engraçado, mas naquela ocasião não era uma boa hora.


-Claro que não, seu idiota - Garrett disse com dificuldade. Seu rosto estava repleto de sangue, e suas roupas igualmente.


-Mesmo todo arrebentado, você não tem respeito - Cody disse um pouco de raiva, mas sua preocupação era maior.


-Para Cody, nós precisamos ajudá-lo - disse me intrometendo na briga, e antes que Garrett morresse ali por hemorragia.


-O que nós fazemos com ele? - Cody perguntou e Garrett deu uma risada irônica.


-Sei lá, queima o meu corpo, vende as cinzas para os traficante ou então me joguem no mar - Garrett disse irônico e Cody levantou uma sobrancelha.


-Se você não calar a boca, vou fazer isso com você - falei meio rude e ele calou a boca.


-Precisamos levá-lo para um hospital - Cody afirmou e eu senti um frio da barriga.


-Não quero começar essa história novamente, pois se ele for para o hospital, com certeza, de lá vão mandá-lo para a delegacia - falei com um tom de sabedoria.


-A decisão é sua - Cody assentiu e suspirou forte, com um tom de cansaço.


-Me ajudem - Garrett implorava ainda no chão, tínhamos que tomar uma iniciativa.


-Temos que levá-lo para a sua casa - falei e Cody negou.


-Na minha casa ele não entra - Cody falava enquanto balançava a cabeça num sinal de negatividade.


-Ótimo, senhor egoísta, então levamos ele para a minha casa, ainda bem que meu pai está trabalhando - eu disse e Cody assentiu.


-Como vamos levá-lo? - Cody perguntou e dei um olhar irônico.


-Que tal eu ir arrastando ele até com um rodo - falei irônica e Cody riu - seja homem, você leva ele - afirmei e Cody assentiu pegando Garrett no colo.


-Me ajuda aqui, ele não é leve - ele falou fazendo uma cara de quem estava segurando um navio e eu ri.


-Eu mereço - segurei os pés do Garrett, enquanto Cody segurava seus braços e fomos a caminho do carro.


- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -  - - - - - - - - - - - -  - 


-Está melhor? - perguntei passando pela última vez, um pano molhado, que antes era branco, mas depois ficou vermelho por causa do sangue.


-Ainda estou dolorido, mas estou bem melhor que antes - Garrett falou e o Cody desceu as escadas da minha casa.


-O seu banho está pronto, e eu vou na minha casa pegar umas roupas para você, tô de volta em 5 minutos - Cody falou e deu um sorriso para mim.


-Alguém me ajuda a levantar? - Garrett pediu na tentativa de sair daquele sofá.


-Ual, se está assim para se levantar, imagine tomar banho - Cody disse e eu tive uma ideia, e pela cara que eu fiz, Cody devia ter sabido a ideia - não me diga que você vai dar banho nele - ele disse e eu afirmei com a cabeça.


-Essa é uma boa ideia - Garrett disse e Cody olhou para ele com reprovação.




-Nem pense nisso - Cody falou e pegou a chave do carro em cima da mesinha ao lado do sofá.


-Mas... - tentei falar, mas Cody me interrompeu.


-Eu sei, você me ajudou a tomar banho ontem, mas ele é diferente - Cody falou olhando para o nada, só então, ele voltou para a vida real e abriu a porta da minha casa - já volto, e qualquer coisa - ele olhou pro Garrett - me liga - ele terminou de dizer e eu assenti com a cabeça.


-Vai lá - falei e ele saiu, fechando a porta.


-Vai pro banho - falei para o Garrett e ele começou a andar devagar.


-Calma, já tô indo - ele falou e eu liguei a TV.


- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 


-Voltei - escutei Cody dizer ao abrir a porta.


-Nossa, tá tão intimo que já até abre a porta - zombei e ele riu.


-Cadê o Garrett? - perguntou e eu apontei para a escada.


-Ainda tá no banho? - Cody perguntou assustado e eu ri.


-Você demorou. Como o garoto ia sair do banho sem ter roupa? - perguntei e Cody riu sozinho.


-Tem razão - concordou e subiu as escadas.


-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA - escutei gritos masculinos lá de cima e comecei a subir a escada correndo.


-O que aconte... AAAAAAAAAAA - falei ao chegar lá, mas me assustei ao ver o Garrett nu.


-VÁ COLOCAR UMA ROUPA - Cody gritou tampando os meus olhos.


-Se você me desse essa que está na sua mão - Garrett falou envergonhado enquanto tampava certas "partes".


-Toma - Cody jogou as roupas em cima do Garrett e desceu as escadas me guiando, ainda com a mão em meus olhos.


-Cody, já pode tirar - falei assim que vi, que não era uma boa ideia descer as escadas quando alguém tampa a sua visão.


-Desculpa - ele tampou e eu terminei de descer as escadas.


-Tudo bem - falei enquanto voltava pro sofá.


-Vai fazer o quer agora? - Cody falou meio curioso, mas com esperanças de algo que não fosse apanhar e delegacia.


-Que tal um filme? - perguntei e ele ergueu as sobrancelhas - que foi?


-Você é meio esquisita - ele disse e me espantei. COMASSIM?


-Esquisita? - perguntei com um pouco de raiva, e ele deu uma riso fraco.


-Esquisita. Você quase foi estrupada, mas chegou em uma cidade e já tem inimigos, e do nada quer ver um filme, ao invés de pensar na vida - ele se explicou e eu comecei a rir.


-Não é isso Cody, é que eu enfrento as coisas com um sorriso. A felicidade é a saída para qualquer obstáculo - falei e ele deu uma risada meio exagerada.


-Tá poeta hoje? - Cody perguntou-me em meio à risada e eu gargalhei.


-Que nada, só estou tentando falar uma frase para suavizar minha vida - falei e pensei um pouco - mas a merda da minha vida, ainda continua uma droga - fiz biquinho e me taquei no sofá.


-Coitada - Cody disse e riu irônico - você não sabe o que é ser zoado todo dia, por ser diferente dos outros, por ser você mesmo, por ser a pessoa que você é, desde que nasceu - ele disse com uma cara meio de que estava lembrando de algo.


-É aí que você se engana - eu disse e ele olhou para mim, com dúvidas, pude perceber pelo seu olhar.


-Como assim? - ele perguntou e eu me levantei do sofá, ficando de frente para ele.


-Você pensa que minha vida toda sempre foi assim? - perguntei e quando ele ia me responder, interrompi - minha vida é assim agora, mas antes, minha vida era um buraco negro, que de lá só saia sofrimento, dor e ódio - falei olhando pro chão e ele pareceu interessado em saber do que eu tava falando - antes de eu me tornar quem eu sou hoje, eu era outro pessoa, não só na mentalidade, mas na física - falei e ele fixou os olhos no chão - eu era GORDA, todos me davam apelidos que eu lembro até hoje, e muitas vezes ainda choro lembrando aquela época - falei e meus olhos começaram a lacrimejar - você não sabe o que eu passei, até que eu decidi fugir, mas meu pai disse que nós ia-mos se mudar, mas do que adianta fugir se você já iria sair mesmo querendo ficar? Então nos mudamos, e como eu ainda sofria com o Bullying, tive aulas particulares por quase 2 anos, ás vezes eu tentava ir a escola, mas sempre era zoada, até então tive anorexia, fiquei sem comer nada por quase 3 semanas, parei no hospital, e em menos de 2 semanas perdi 15 kilos, eu era só osso e resto de gordura. Então comecei a me cuidar, e hoje eu sou quem eu sou - falei as últimas partes já em lágrimas, e pude perceber que Cody também estava chorando - porque está chorando? - perguntei e ele rapidamente limpou as lágrimas.


-Nada, não, bobeira minha - ele falou e olhou para mim e deu um sorriso fraco.


-Eu não acho bobeira um homem ter sentimentos - eu disse e ele deu um sorriso de ponta a ponta.


-Eu não sou um homem - Cody falou e eu franzi a testa - também não quer dizer que eu seja mulher - ele falou como tivesse lido a minha mente, dei uma risada monstruosa e avistei Garrett descendo as escadas.


-Oi - ele falou meio seco e deu um sorriso fraco - desculpem pela visão - se desculpou e coçou a nuca - e Cody, depois eu devolvo sua roupa -ele disse e Cody assentiu - vou indo - ele falou e foi em direção a porta - tchau - terminou de falar e eu acenei com um tchauzinho.


-Ele está esquisito - Cody falou e eu assenti - bom, eu vou indo, preciso fazer muitas coisas, e ainda explicar o porque dessa agitação toda para meus pais - Cody disse e eu dei um abraço nele forte.


-Obrigado - falei e ele me abraçou, mas sem entender.


-Porque "obrigado"? - ele perguntou e ergui minha cabeça, fazendo com que nossos olhos se encontrassem.


-Por ter me salvado e não ter desistido de mim - falei e pude ver um sorriso sincero surgindo no rosto de Cody.


-Nós protegemos o que amamos - ele disse e eu fiquei surpresa.


-O que? - perguntei confusa.


-Nada não - ele deu um sorriso fofo e me abraçou mais forte.


-Bom, vou tomar um banho - eu disse e Cody me soltou - e antes que você vá - sai de perto do Cody e fui em direção a minha bolsa em cima da mesa da sala - toma - entreguei uma das barrinhas de chocolate que meu pai tinha me dado.


-Obrigado - ele disse e pegou a barra de chocolate - adoro essa barrinha - ele disse e eu dei um belo sorriso - vou comer assim que chegar em casa - ele disse e eu ri freneticamente.


-Ok - assenti e ele foi em direção a porta.


-Vou indo, tchau - ele falou e me deu um abraço.


-Tchau - retribui o abraço e abri a porta sem largar ele.


>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>><<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<


-ACORDA - senti alguém me balançando para frente e para trás.


-Só mais 5 minutinhos - falei e coloquei a almofada no rosto.


-Vumbora, menina - a mesma pessoa implorou e eu pudi perceber que a voz era feminina.


-Eu vou matar você se não me deixar dormir - falei e a pessoa começou a me tacar as almofadas que estavam no outro sofá.Alli, pensei.


-Me mata para você ver - essa pessoa falou e eu tirei a almofada do rosto.


Confirmado, era a Alli. Pensei.


-Sua vaca - eu disse e ela fez cara de ofendida.


-Obrigado - Alli falou ironicamente e eu dei uma risada estranha, já que minha cara não tava muito boa - eta, feiúra - ela disse e meu sorriso desapareceu - tô brincando - ela continuou e comecei á rir.


-Como você entrou aqui? - perguntei ainda tentando voltar ao mundo real.


-Ué, seu pai abriu a porta para mim - ela falou e eu estranhei.


-Meu pai? - perguntei confusa e fez sim com a cabeça.


-É, eu toquei a campainha e ele abriu e disse que você tava dormindo no sofá, aí ele disse que ia sair e me pediu para avisar-lhe que só ia voltar amanhã de tarde - ela disse e deu ombros - então ele perguntou se eu podia dormir aqui com você - ela continuou e eu tentei me levantar do sofá.


-E o que você disse? - perguntei e ela deu um sorriso malicioso.


-SIM, você acha que eu vou perder a chance de te perturbar a noite toda? - ela disse e eu olhei para ela com desgosto.


-Vaca - falei ainda tentando levantar do sofá - AAAAAAAAAAAAI MINHAS COSTAS - gritei ao sentir um "clack" na minha costela.


-Quem mandou você dormir no sofá? Você já é bem grandinha para dormir do sofá e acordar na cama - ela disse e eu olhei raivosa para ela.


-TÁ ME CHAMANDO DE GORDA? - perguntei, aliás, gritei, e ela balançou a cabeça rapidamente várias vezes em negatividade.


-Claro que não - ela falou com receio e eu comecei a rir - vaca - ela disse e dei um tapa na bunda dela e sai andando em direção á cozinha.




>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>><<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<




-Esse sanduíche tá uma delicia - Alli disse de boca cheia depois de ter dado uma mordida monstro no sanduíche de atum.


-Eu sei que sou ótima na cozinha - falei me gabando e ela começou a rir ironicamente.


-Você pode fazer um sanduíche gostoso, mas quero ver fazer pelo menos um estrogonofe - ela me encarou e eu sorri malicioso.


-Estás duvidando? - perguntei e ela assentiu - amanhã faço um estrogonofe para você ver o meu poder - eu disse e ela deu ombros e voltou a devorar o sanduba.


-Quero só ver - ela disse de boca cheia e eu ri.


-Cadê o Cody? - perguntei e ele parou de mastigar para falar.


-Não sei, não vejo ele desde manhã - ela disse e eu estranhei.


-Ué, ele não foi para casa? - perguntei e ela começou a ficar preocupada.


-Não, se ele tivesse ido, eu com certeza iria saber - ela disse e eu fiquei preocupada - se ele não está aqui, e nem em casa, ele tá no lugar secreto dele, ou então estudando na casa da árvore - ela disse e eu me despreocupei menos.


~~ ding dong ~~


-Deixa que eu atendo - disse enquanto saia da cozinha e ia em direção a porta.


-Oi - era Cody.


-Oi Cody - respondi ele, que não parava de fitar o chão.


-Eu preciso conversar com você






[Autora]


Oii gente, eu sei que ficou pequeno, mas eu tô sem ideia, tempo e privacidade.
Eu até poderia escrever mais, mas eu tô doente e minha mãe está me obrigando a ir ao hospital.


Então, até mais ....


Eu sei que está ruim, mas comenta ...
E se mais tarde eu voltar, eu começo a escrever o próximo capitulo...
AAAAAA, e tem gente me perguntando sobre o Imagine "On My Mind".. então, eu vou escrever essa até o capitulo 10 e depois volto a escrever o outro...


Comentem ²

6 comentários:

Ei, sua linda, deixa um comentário aí :D